...e a insistência das pessoas falarem que estão "preocupadas" com a nossa saúde
Ei, mulher! Como vão as coisas?
Espero que estejam bem!
Eu nunca curti muito meu corpo. Queria ser mais baixa, não curto muito meus ombros largos, nem meus seios grandes e, assim, como a grande maioria das mulheres, eu travo uma luta contra a balança que deixaria qualquer combate do UFC no chinelo.
Eu tenho 1,73 de altura e durante toda a minha adolescência pesava entre 70/73 kg e usava calças número 44. Todos estamos de acordo que esse peso condiz com a minha altura, certo? Porém, minha família e meus amigos achavam que eu precisava de uma dieta. Um antigo professor de educação física, chegou a dizer com todas as letras que eu estava “gorda demais” e tinha que me cuidar. Eu comecei a parar de comer, o que resultou, anos depois, em um tratamento contra anemia profunda, e adivinhe só! Me fez engordar mais rs.
O ponto aqui é, que um corpo fora do padrão é visto quase como algo público, todo mundo se sente no direito de opinar, e isso vai minando até a mais alta das autoestimas. Não tem como se amar, se a todo instante você recebe a mensagem que tem algo de errado com o seu corpo. Se é difícil achar roupas do seu tamanho e, em alguns casos, não consegue nem pegar um transporte público, por não passar na catraca. Pessoas tiram sarro das suas curvas e usam a desculpa que estão “preocupadas” com a sua saúde. Muitos vão se chocar com essa informação: pessoas magras também adoecem e posso usar o meu caso como exemplo. No auge dos meus 63 kgs, o menor peso que já tive na vida, eu estava tão anêmica, que era comum eu desmaiar por aí.
Então, eu apelo para o bom senso geral e repito uma frase batida que pede: “por favor, se você não tem algo bom para falar sobre a aparência de alguém, fique calado!”
Pacto Brutal: O assassinato de Daniella Perez (HBO Max)
Quando a Daniella morreu eu tinha meses de vida, mas sei um pouco da história porque minha mãe vez ou outra lembra do caso. O documentário narra o crime e a resolução de uma forma bem dolorosa e visceral, inclusive com imagens do corpo sem nenhum tipo de censura. Vale a pena ver, mas se prepare para chorar e sentir revolta diversas vezes a cada episódio.
Cenas que me marcaram: Glória falando sobre o amanhecer do dia do crime, e o assassino ofendido em ser chamado de homessexual.
Para ouvir:
America has a problem da Queen Bey é uma obra prima e vocês não sabem da maior: esse hino tem o mesmo sample de uma música do Furacão 2000.
Até a próxima!
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