Pronta para mais um dos nossos bate-papos semanais?
Por aqui estamos prontíssimas, nessa segunda semana do mês que sinaliza que praticamente 1/3 do ano já passou.
Num piscar de olhos…
E com tanta coisa que gostaríamos de fazer, tantas outras que nem começamos, e o tempo que nunca parece estar a nosso favor.
É sobre as angústias (incluído a da dificuldade de administrar nosso tempo) que eu gostaria de conversar com você hoje.
Sabe Freefree, nossos dias, ou melhor, nossa vida, geralmente vai estar em um desses três momentos:
– o momento de alegria, realização e até euforia por algo bom que nos acontece
– o momento de tristeza ou dor, hora que precisamos de acolhimento, de suporte, de nos permitir curar
– o momento de estabilidade, marasmo, quando nada acontece (e a maioria dos nossos dias estará aqui)
Devemos apreciar as fases em que estamos felizes, curtir cada segundo, porque tanto elas, quanto as de dor, não duram para sempre. A vida tende a retornar ao patamar da estabilidade.
E é quando estamos assim, meio paradas, que começamos a ficar angustiadas, desejando uma novidade.
Às vezes a angústia é boa porque ela faz a gente se movimentar na direção daquilo que queremos.
Mas pode ser que a gente nem saiba ao certo o que quer, e isso nos deixa ainda mais angustiadas.
Começamos a comparar nossa vida com a das pessoas que vemos na internet e sofremos com isso, mesmo sabendo que estamos vendo um recorte da realidade e não o todo.
E quando estamos angustiadas, costumamos implicar com tudo, gerando adivinha o que… mais angústia. Que é um sentimento bem complexo diga-se de passagem. Ela vai da irritabilidade à insegurança, com muitos tons de cinza no meio.
A angústia vem quando sentimos que não somos suficientes, quando pensamos demais, quando tentamos mostrar só as nossas partes que achamos que são aceitáveis.
Combater nossas angústias também é uma forma de nos libertar.
E tem ainda outra modalidade de angústia, mais ligada à forma que vivemos hoje, do que com a nossa relação com nós mesmas.
Para quem vive ou vivenciou o home office na pandemia, é bem provável que você tenha se deparado com o trabalho que extrapola as barreiras. Mensagens toda a hora, uma necessidade de demonstrar que você está disponível, a vontade de terminar tudo no dia antes de se permitir relaxar e descansar.
Muita calma nessa hora!
Você não precisa responder o WhatsApp segundos após uma mensagem ter chegado. Isso nem é bom. Sempre melhor parar um pouco, refletir para não responder no calor do momento e falar algo que vai se arrepender depois.
É necessário estabelecer períodos de disponibilidade saudáveis e por isso que precisamos administrar bem o nosso tempo. Hora de trabalho é hora de trabalho. Suas refeições, pausas e momentos de lazer devem ser igualmente sagrados.
E se tem uma coisa que define o trabalho, é que ele nunca acaba. Não tente finalizar tudo se isso estiver desequilibrando sua rotina ou sendo prejudicial à sua saúde.
Há ainda a angústia de quem já voltou ao trabalho presencial e precisa conviver novamente com pessoas, talvez nem sempre agradáveis. Se relacionar é ao mesmo tempo o que temos de maior desafio e de mais belo nessa vida. Precisamos aprender a lidar com cobranças ou então saber cobrar as pessoas sem que isso transpareça a nossa própria angústia. Sempre válido lembrar que a falta de planejamento de alguém não pode ser a urgência do outro. Isso vale para exercitar a nossa organização e para não sofrermos quando alguém pedir algo de última hora.
Por fim, temos a angústia de quem, seja pelo motivo que for, não está trabalhando ou realizando as atividades que gostaria. Não somos herdeiras né Freefree, e mesmo se você for, é sempre bom ter algo pra dedicar os nossos dias. Liberdade só existe quando temos independência financeira. E se temos independência financeira, sempre bom ir atrás do que nos causa satisfação.
Mas se nesse momento, nem trabalho, nem dinheiro, nem satisfação estão no seu dia, o que você pode fazer é identificar o que está ao seu alcance. Você pode procurar um emprego, fazer cursos para se qualificar, ler livros, ver filmes, ganhar novas referências e mais cultura. O que você NÃO deve fazer é ficar angustiada por estar nessa situação. É possível sair dela.